Alguns meses do ano são mais propícios para a proliferação de insetos e bichos que incomodam o ser humano, como baratas, mosquitos, ratos, cupins, escorpiões, formigas, caramujos e carrapatos. A proliferação ocorre em ambientes com água, alimento, abrigo e acesso para os bichos. Esses animais conhecidos como pragas urbanas, além de causar incômodo, também podem transmitir doenças aos seres humanos.

Os insetos não têm como manter a temperatura do corpo, portanto, toda a atividade (busca de alimento, acasalamento, reprodução e crescimento dos filhotes) ocorre nos períodos mais quentes do ano. Podemos citar como exemplo baratas e formigas que no inverno, os adultos entram em um estado de menor atividade e permanecem abrigados do frio. Algumas espécies de baratas permanecem sem se alimentar por até 60 dias nessa época.

Os animais que se proliferam e que se tornam pragas, sempre conviveram com os seres humanos e fazem parte da cadeia alimentar do meio ambiente. Mas ao desequilibrar o ambiente, o ser humano possibilita o aumento dessas pragas. Além do incomodo esses animais considerados pragas também transmitem inúmeras doenças aos humanos. Algumas doenças que podem ser transmitidas são a leptospirose e a peste bubônica, ambas transmitidas através dos roedores e as pulgas dos mesmos. As baratas podem transmitir lepra e hepatite. As pombas transmitem histoplasmose. Moscas transmitem salmonelose. Formigas podem transmitir amebíase e determinadas espécies de mosquitos transmitem a dengue e a febre amarela, comenta a bióloga e professora do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Sorocaba, Eliane Pintor de Arruda Moraes ao jornal Cruzeiro do Sul.

Cuidados redobrados

O Grupo EMOPS recomenda alguns cuidados para evitar a proliferação das pragas, como manter os lixos acondicionados em sacos plásticos e latões com tampas, não jogar lixo ao céu aberto e em terrenos baldios, manter os terrenos limpos, acondicionar alimentos em recipientes bem fechados, vedar frestas e vãos que possam servir de entrada para os animais, manter limpas as instalações dos animais domésticos e não deixar a alimentação destes expostas, além de inspecionar periodicamente caixas de papelão, caixotes, atrás de armários e gavetas que possam servir de abrigo para esses animais.

Quanto aos inseticidas comprados em supermercados, a bióloga recomenda o uso com cautela, pois podem causar reações adversas principalmente se a pessoa for alérgica. “Eles não são eficazes no controle de uma proliferação, servem apenas para matar alguns indivíduos”, destaca.

Fonte: http://www.cruzeirodosul.inf.br/

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